Intolerância Religiosa no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro/RJ, tem servido de palco para muitos atos de intolerância e discriminação religiosa. Mesmo, com a implantação da Lei Caó, em novembro de 2008 (Lei número 7.716), que caracteriza como crime a intolerância religiosa, com pena que pode variar de 1 a 3 anos de prisão e se houver o uso da mídia de 3 a 5 anos, aparenta haver um rescrudescimento em ações desta natureza. Os mais atingidos tem sido os umbandistas e as religiões afrobrasileiras

Por sorte, além da Lei Caó, os umbandistas e adeptos das religiões afrobrasileiras, bem como das demais religões que passarem por este mesmo processo no Rio de Janeiro, podem contar com o valoroso trabalho da COMISSÃO DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.

Aproveito o ensejo para dar os meus parabéns ao relevante trabalho prestado pela Comissão, atráves de dois amigos, umbandistas de 4 costados e membros atuantes desta comissão, Pai Etiene Sales e José Carlos Godinho (JC).

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa tem atuado de forma atenta e vigilante, disponibilizando todos os recursos possíveis para denunciar, acompanhar e cobrar das autoridades os resultados esperados, garantidos que são pelos dispositivos constitucionais e legais disponíveis.

Para maiores informações:

Clique aqui para visitar o site do movimento EU TENHO FÉ.

Aproveito o ensejo para divulgar o evento abaixo que chega a sua 2a. Edição. Na sequência diversas notícias sobre Intolerância Religiosa no RJ.

CARTAZ II CAMINHADA

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Condenado por ataque a centro espírita publica vídeo no YouTube

Enviado por Giampaolo Braga -17.6.2009

Fonte: Clique aqui para ler a notícia no Extra Online – no Blog Fé Online


Quase um ano após o ataque ao Centro Espírita Cruz de Oxalá, no Catete, um dos condenados pelo crime, Afonso Henrique Alves Lobato, postou no YouTube um vídeo de nove minutos em que dá sua versão para a depredação do templo, ataca os espíritas e umbandistas, desdenha da ação da polícia e da Justiça e acusa a imprensa de servir ao Diabo.

No vídeo, Afonso Henrique — que respondeu pelo crime de ultraje a culto e foi condenado a pagar cestas básicas e prestar serviços comunitários — assume ter destruído, junto com outros integrantes da Igreja Geração de Jesus Cristo, a qual pertence, as imagens do centro espírita, mas diz que os fatos foram distorcidos. "Como todos sabem, um centro espírita é um lugar de invocação ao Diabo, um lugar onde as pessoas vão estar adorando o Satanás, onde vão estar levando suas oferendas, cigarro, cachaça, farofa, essas coisas podres, essas palhaçadas, que esses servos do Diabo insistem em fazer, então nós começamos a estar expondo a verdade", diz ele, que diz o que viu dentro do templo: "Eles abriram a porta pra mim, então eu subi e subindo o que eu vi lá: um monte de imagens e esculturas, vi um pai-de-santo, um homossexual, claro porque todos os pai-de-santos são homossexuais, vi pessoas lá oprimidas se preparando para aquele culto do Diabo e nisso comecei a perguntar pra eles: "Cadê o Diabo? Cadê o Tranca-Rua? Cadê a Maria Mulambo? Cadê esses demônios que vocês estão oferecendo aqui, essas imundices? Onde estão eles para que a gente possa pisar na cabeça deles e provar que Jesus Cristo é maior, é soberano?".

Logo a seguir, Afonso Henrique ataca a polícia e a Justiça: "Então nós fomos até a delegacia e chegando na delegacia é aquela palhaçada de sempre, aqueles policiais militares, não sabem nem as leis que eles dizem servir, aqueles policiais civis completamente ignorantes também, pensam que são autoridade, mas não são autoridade, para a Igreja eles não são autoridade ", diz ele, continuando: "eles falaram que nós iríamos comparecer no juizado em tal data e nisso, os policiais militares, corruptos como sempre, caras de pau, já chamaram a imprensa com quem eles são mancomunados, tanto a imprensa quanto os policiais militares servem ao mesmo deus, que é o Diabo".

Afonso Henrique também envolve a imprensa numa suposta adoração ao Diabo: "No dia seguinte, a Rede Globo (veio) fazendo uma grande confusão em cima daquilo ali, distorcendo completamente, dizendo que nós agredimos pessoas, publicando na capa do EXTRA, na capa do jornal "O Globo", uma série de repórteres lá da emissora deles, dizendo que nós praticamos esse crime, colocando isso como uma coisa horrenda. Na verdade o que aconteceu é que a Globo também é uma emissora completamente dominada pelo Diabo, onde há uma série de espíritas, dezenas de macumbeiros lá dentro".

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Pastor e integrante de igreja são presos suspeitos de intolerância religiosa

19/06/09 - 20h54 - Atualizado em 20/06/09 - 12h41

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Os dois seriam responsáveis pela exibição de vídeo contra pais de santo.
Segundo polícia, essas são as primeiras prisões para esse tipo de crime.

Fonte: Clique aqui para ler a notícia no site do G1

Um pastor e um integrante de uma igreja foram presos no início da tarde desta sexta-feira (19) na Zona Portuária do Rio suspeitos de intolerância religiosa. Segundo a delegada Helen Sardenberg, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), essas seriam as primeiras prisões, que são preventivas, para esse tipo de crime no estado do Rio. Os dois, um deles o Pastor Tupirani, que são da Igreja Geração Jesus Cristo, foram encaminhados para a delegacia.

Helen afirmou que os dois são responsáveis por imagens na internet em que o homem, que se identifica como Afonso Henrique, faz referências negativas a pais de santo na internet. A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa denunciou o líder religioso ao Ministério Público e à chefia de Polícia Civil, por intolerância religiosa.
Segundo a comissão, a queixa foi feita na quarta-feira (17), depois da exibição das imagens. Ainda segundo a comissão, Afonso seria responsável por um ataque a um centro espírita no Catete, na Zona Sul do Rio. No vídeo postado na internet, ele confessa que participou da ação no Catete, mas ressalta que foi ameaçado. Na época, o Pastor Tupirani condenou o ataque.

A delegada informou também que a investigação mostrou que o pastor foi o mentor intelectual do vídeo. Segundo ela, ele é o fundador da igreja. Os dois serão encaminhados para a carcaragem da Polinter. Eles não reagiram à prisão.

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Templo cigano é alvo de vandalismo na Freguesia, diz religioso

12/06/09 - 15h41 - Atualizado em 13/06/09 – 16h10

Fonte: Clique aqui para ler a notícia no site do G1

Várias imagens que estavam sobre o altar foram destruídas.
Segundo a polícia, caso foi registrado como intolerância religiosa.

Rodrigo Vianna Do G1, no Rio

G1-Templo_Cigano

Várias imagens que estavam sobre o altar foram destruídas pelos criminosos (Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)

Um grupo de pessoas invadiu o templo cigano Tsara Antal Kóczé, na Estrada do Gabinal, na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e destruiu várias imagens que estavam sobre o altar. Segundo o sacerdote Renato D’Obaluaê, de 48 anos, o centro existe há um mês e nunca tinha sofrido invasão.

O crime ocorreu na madrugada de quinta-feira (11). “O templo é vinculado ao ubandismo, mas as reuniões são tranquilas, não há uso de atabaques, não fazemos barulho e nem atrapalhamos os vizinhos. Ontem (quinta) eu cheguei ao templo com um dos diretores do local e encontramos o salão completamente destruído”, disse o sacerdote.

No momento do crime o templo estava vazio. Além das imagens quebradas, os criminosos destruíram cadeiras, vasos, cortinas e janelas. De acordo com Renato D’Obaluaê, a ação foi registrada na delegacia como intolerância religiosa, com base na lei 7716/89 (Lei Caó).

“Roubo não foi, porque nada foi roubado. Isso é um absurdo, e tem que acabar. Outros casos já aconteceram na cidade e, apesar das manifestações e da legislação, nada acontece contra os responsáveis. O caso é típico de vandalismo”, declarou.

Policiais da 32º DP (Taquara), onde o caso foi registrado, fizeram a perícia no local. Os agentes ainda investigam as causas do crime.

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Polícia abre inquérito para apurar invasão a templo cigano

13/06/09 - 15h00 - Atualizado em 13/06/09 – 15h00

Fonte: Clique aqui para ler a notícia no site do G1

Rodrigo Vianna Do G1, no Rio

Dois dias após a invasão do templo cigano Tsara Antal Kóczé, na Estrada do Gabinal, na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Polícia Civil informou, neste sábado (13), que abriu um inquérito para investigar o caso. Segundo a polícia, ainda não há informações sobre suspeitos.

O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara) como intolerância religiosa, com base na lei 7716/89 (Lei Caó). A pena varia de um a três anos de prisão, sem direito a fiança. Segundo o sacerdote Renato D’Obaluaê, de 48 anos, várias imagens que estavam sobre o altar foram destruídas.
“O centro é vinculado ao umbandismo, mas as reuniões são tranquilas, não há uso de atabaques, não fazemos barulho e nem atrapalhamos os vizinhos. Eu cheguei ao templo com um dos diretores do local e encontramos o salão completamente destruído”, disse o sacerdote.

O templo cigano Tsara Antal Kóczé existe há um mês e nunca tinha sofrido invasão. O responsável pelo estabelecimento, Joelmir Armendro, de 45 anos, disse que cerca de 40 pessoas frequentam o centro. Segundo ele, testemunhas disseram que o local teria sido invadido por dois homens e uma mulher. Os suspeitos entraram pela janela.

“O crime aconteceu pela madrugada, mas os vizinhos contaram que viram uma mulher do lado de fora e dois homens entrando no templo. Eles só foram lá por depredação, eles não roubaram nada. Foi um absurdo, entraram aqui e destruíram nossas imagens e jogaram tudo no chão”, declarou o religioso.

Na quinta-feira (11), os agentes fizeram a perícia no local. Nenhuma testemunha do caso foi ouvida ainda.


Religioso diz que perdoa criminosos

No momento do crime o templo estava vazio. Além das imagens quebradas, os criminosos destruíram cadeiras, vasos, cortinas e janelas. Apesar do crime, Joelmir afirmou que perdoa os responsáveis e que só pensa em reconstruir o centro e receber os adeptos novamente.

“Como religioso, eu perdoo os responsáveis por isso, apesar da brutalidade e da ignorância que foi esse ato. A sorte é que eu posso contar com a solidariedade das pessoas, dos vizinhos e de outros centros que nos ajudam com materiais, imagens e até mesmo na arrumação. Pretendo deixar tudo pronto para o nosso próximo encontro”, afirmou.

Além dos encontros religiosos, o templo ainda oferece cursos gratuitos para a comunidade. Representantes de diversas religiões afrobrasileiras pretendem fazer uma manifestação em frente ao centro em defesa da liberdade religiosa.

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Religiosos farão manifestação contra ataque

Enviado por Clarissa Monteagudo - 12/6/2009

Fonte: Clique aqui para ler a notícia no Extra Online – no Blog Fé Online

Lideranças religiosas de diversas crenças estão organizando uma manifestação neste domingo, às 10h, na Estrada do Gabinal 1799, Jacarepaguá, contra a depredação do templo religioso Tsara Antal Kóczé, santuário cigano dedicado a Santa Sara Kali.

O dirigente da casa, Pai Joelmir de Oxóssi, de 46 anos, 26 deles dedicados à religião, descobriu que sua casa tinha sido invadida quinta-feira, quando chegou ao local para preparar as flores para o ritual que se realiza toda semana no templo. No altar, viu a imagem de Nossa Senhora Aparecida, uma relíquia de família em porcelana de mais de 40 anos, destruída e pisoteada. Segundo Joelmir, a santa é padroeira da comunidade cigana no Brasil. Todos os ciganos do altar foram derrubados, muitos quebrados. E a imagem de Santa Sara Kali estava partida ao meio e com parte do rosto arrancada. Descendente de uma família cigana, o religioso - que já atua na umbanda - abriu o centro dedicado a Santa Sara há um mês.

Como nada de valor foi roubado, Pai Joelmir ligou para membros da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa. O caso foi registrado dentro da Lei Caó, que prevê pena de até cinco anos de prisão na 32ª DP (Jacarepaguá). Vizinhos contam ter ouvido barulho durante a noite e que estranharam, já que as reuniões da casa são silenciosas. Por ser um templo de inspiração na cultura cigana, não são usados atabaques e os tratamentos espirituais são realizados com imantação, cristais entre outras técnicas.

- Quando cheguei, senti um odor forte. Urinaram no altar sagrado, pisotearam Nossa Senhora Aparecida. É um absurdo a propaganda de seguidores de algumas igrejas que dizem que as imagens são diabólicas e devem ser destruídas. O vandalismo é fruto disso. A imagem é uma representação, como uma foto. Alguém destrói a foto da própria mãe? - indaga Pai Renato de Obaluayé, que doará uma nova imagem à casa.

- Nós somos resistentes. Nossa cultura atravessou obstáculos muito maiores do que esse - afirma Mãe Mirian de Oyá, que também foi ao templo para manifestar solidariedade.

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Manifestação condena ataque a reduto cigano

João Paulo Aquino, Jornal do Brasil

Fonte: Clique aqui para ler a notícia no JB Online

RIO - Imagens quebradas, cortinas rasgadas e cacos de vidro no chão. O templo cigano Tsara Antal Kóczé, na Freguesia, em Jacarepaguá (Zona Oeste), depredado na última quinta-feira, permanecia inalterado neste domingo, quando aconteceu uma manifestação em frente ao prédio. O objetivo foi pedir a união dos credos e o combate à intolerância religiosa. O diretor do templo suspeita que ação tenha sido executada por “maus evangélicos”. O ministro da Igualdade Racial, Édson Santos, esteve no ato.

Segundo o diretor do templo, Joelmir Armendro, o imóvel onde ele funciona é alugado e abrigou uma igreja evangélica por aproximadamente cinco anos. O santuário cigano chegou ao endereço há apenas 36 dias.

– Durante as reformas, e até pouco tempo atrás, vinham vários fiéis evangélicos aqui e muitos deles reagiam de maneira agressiva e ficavam revoltados ao saber que agora funciona um centro esotérico nesse local – disse Joelmir.

O diretor cita o ataque às imagens de santos e a depredação total de uma estátua de Nossa Senhora Aparecida como indícios de que o autor do crime seja ligado à igreja evangélica, que não aprova o culto a imagens, embora as investigações da 32ª DP (Taquara) – onde o caso foi registrado – não apontem suspeitos, até o momento.

Nenhum objeto foi roubado, mesmo com o templo guardando cordões de ouro, quadros e outros objetos de valor.

A pena para intolerância religiosa varia de um a três anos de prisão, sem direito a fiança, com base na Lei 7716/89 (Lei Caó).

Acompanhadas por um caminhão de som, cerca de 80 pessoas participaram da manifestação, na qual foi dada bênção das novas imagens a serem postas no templo. Em frente ao prédio, na Estrada do Gabinal, seguidores de vários credos, principalmente dos de origem africana, fizeram um ritual.

De acordo com Édson Santos, a resolução do caso depende da investigação policial. Ele defendeu que os autores sejam “exemplarmente punidos” para que outros fatos de mesma natureza não se repitam no Rio.

– Isso (o ataque ao templo) é um sinal positivo; estamos (minorias religiosas) avançando e incomodando – declarou o ministro.

O deputado federal Carlos Santana (PT-RJ) citou São Paulo como exemplo a ser seguido. De acordo com ele, o estado aprovou uma lei que além de prisão, impõe multa para intolerância religiosa. Outro progresso, segundo o deputado, é a criação de uma delegacia especializada nesse tipo de crime.

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Comentários

Joanna Torquato disse…
Gostei de sua pagina!!! Me visite

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